quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Um vs Dois



Olá minha gente, há algum tempo que não vinha aqui debitar ideias. Ultimamente tenho tido uma variante de pensamentos sobre os prós e contras de estar numa vida a dois. Sem dúvida que o facto de estar sozinho me dá um controle total sobre as minhas decisões, e todas as consequências de situações são causadas por actos meus. Depois de uma longa relação onde fui protegido de um mundo de jogos entre homem e mulher, sinto-me agora na verdadeira "guerra dos sexos"... Nós falamos uma linguagem diferente das mulheres e não há exepções à regra a este nível. Uma mulher aguenta mil vezes mais que um homem uma situação desconfortável mas quando toma a decisão de mudar a página do livro é dificil voltar atras. Nesta altura o Homem fica à toa e pensa que afinal aquela companhia que lhe trazia restrições era mais importante do que pensava, e que a conversa do "eu com aquela fazia isto e aquilo" fica reduzida a zeros porque no fundo tudo passa de uma forma de dar asos às nossas fantasias e nada mais que isso. Agora pergunto-me realmente será que vale a pena uma pessoa deitar tudo a perder por uma queca pontual? Óbvio que não porque depois disso falta a parte de que tanto gostamos, a companhia, o suporte, aquele lugar seguro que tanto precisamos. Sempre fui um adepto de qualidade e não de quantidade, mas cada vez mais e depois de uma relação tão intensa sinto-me meio perdido em encontrar uma pessoa especial... Percebi que o género de D Juan não se encaixa no meu perfil, não gosto de jogos, sou espontâneo e transparente e tenho a noção que não encaixo em relações pontuais. Ando a cada dia que passa a encontrar-me mais e a perceber-me um pouco melhor, e chego à conclusão que sou um complicado de primeira. A minha noção de relação e amor estão totalmente abaladas e por vezes sinto um medo gigante de não voltar a sentir certas sensações do enamoramento devido a esta ferida que custa a passar. Sou um só neste momento, vivo de mim para mim, e estou constantemente a pôr-me em causa como um rato de laboratório, a pôr-me à prova, a ver se vou eliminando experiências falhadas desta minha procura. Percebo agora o que é um luto de uma relação e estou optimista com o meu progresso. Acho que de uma vez or todas parei de procurar alguma coisa e páro agora aberto ao destino e ao que possa vir a acontecer. Este texto começou numa ponta de um assunto e foi viajando para outra mas no fundo o que queria transmitir é que homens e mulheres dependem uns dos outros e a vida a dois é realmente um preenchimento fantastico ao qual temos de dar valor e pôr constantemente em consideração. Há que dar valor ao que temos, e por vezes o que parece um fim pode ser só um início diferente. A todos os meus amigos espero que nas minhas palávras sintam o que vos quero transmitir, não posso viver os vossos erros mas posso expor os meus para, se acharem que são válidos, para vos poupar aos mesmos. Tomorow it won´t be the same...

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

A caminho da Indo...


O countdown começou!! Depois de muitos planos e indecisões o grupo está reunido e decidido a viajar, para longe de casa mas perto do sonho, à procura do melhor surf das nossas vidas e de muitas aventuras , mas principalmente de momentos únicos de amizade e companheirismo para UM MÊS INTEIRO de férias na Indo!!!

A viagem para mim já começou...
Gonzalo

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Renascer...



Por vezes tenho vontade de renascer, de corrigir, de não errar, de melhorar, aperfeiçoar de mudar... Nunca pensei que seria tão dificil de conseguir superar um problema fosse ele qual fosse. Sou um puto, cheio de sonhos, acredito na vida e a vida à força diz-me que não é tão cor de rosa como eu a imagino mas eu continuo a insistir, por vezes penso que é o caminho mas à força de tanto balde de água fria penso se não será já estupidez minha. A minha cabeça prega-me partidas, hoje sei o que quero e amanhã a mesma certeza desaparece como se nunca tivesse pensado nela sequer, sinto um colete de forças que me faz sentir louco. Não será crescer ter certezas e saber o caminho a percorrer? será que não cresco? será que não consigo passar barreiras que em tempos estavam longe da minha realidade? Será que renasci e não aceito quem sou agora? Que nome dar a todas estas sensações diambulantes sem estrutura e consistencia? Amanhã estou feliz de novo a creditar que foi só um momento mais em baixo de reposicionamento ou mudança de registo ao qual me estou a acostumar.... e erro outra vez, vezes sem conta.... Quero dar o que dei, quero ser o que fui e não consigo... Estou num paralelo do que sou, fui e virei a ser mas sem me conseguir enquadrar em nenhuma das personalidades. A vida é confusa e ao mesmo tempo linda por ter tantas perspectivas, tantas escolhas. Penso demasiado, vou parar de pensar e aceitar as consequencias dessa minha falta de julgamento perante as situações. Obrigado amigos por estarem sempre com todos os meus "eus"...

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Os meus votos...


Bem minha gente, muitas vezes precisamos de alguma coisa que sirva como impulso para mudança, normalmente e infelizmente a mudança é forçada por um motivo forte. Ou alguém muito especial ficou pelo caminho ou um acidente ou coisa do genero serão razões plausíveis para termos uma atitude de profundo risco na vida. E a pergunta será: para quê correr riscos? mas quantas vezes não paramos um segundo e chegamos à conclusão que gostariamos que algo mudasse nas nossas vidas, sejam as mudanças emocionais ou materiais. Para este ano proponho que se pare um pouco e a solo para fazer um ponto da situação, o que é que me incomoda, o que é que gostaria que fosse a minha vida, com quem gostaria de passar mais tempo.... e mil e uma outras questões que se podem pôr na perspectiva de cada um. Depois de terem reflectido sobre o assunto acho importante ver a mudança não como um tirar de um chão seguro ao qual, mal ou bem, estamos habituados logo causa-nos algum desconforto esse risco. A mudança é o fechar de algumas portas mas também a abertura para muito mais, uma infindável panóplia de hipóteses que nada têm a ver com o nosso registo do presente. A vida pode ser levada segundo milhões de perspectivas diferentes, cada pessoa faz a sua, mas o melhor de tudo isto é ter a possibilidade de escolha, podermos fazer uma grande viragem não tendo medo nem dos cânones sociais, nem de um pseudo conforto perguiçoso, nem de opiniões, nem de nada porque na realidade a nossa felicidade está nas nossas mãos. Relativizem os problemas e apostem nas soluções, a vida são dois dias e vale a pena ser vivida. Desejo a todos o melhor do mundo e Bom 2007, diferente pelo menos ;)

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Arouca


Este fim de semana estive fora do nosso habitual grupo involuntariamente. Conheci alguém que me tem feito muito bem ultimamente e me faz sentir de novo numa grande estabilidade emocional. Devido à minha falta de tempo diária criada pela minha dedicação ao trabalho, tenho de gerir o meu tempo extra da melhor forma possível. O fim de semana foi mega relaxante, boas ondas, picos sem ninguém e muita risota que é fundamental para a activação das endorfinas :D Estivemos com uns amigos franceses do Pecas que proporcionaram o primeiro jantar de grupo na nossa casinha nova. Eu fui escolhido para cozinheiro oficial e fiz um mega lombo de vaca com batatas e muitas entradas. A água finalmente está FRIA pra Kara*&o!!!!!! Foi sofrimento a serio, sobretudo as segundas surfadas com o fato gelado. O fim de semana foi perlongado, na segunda parti para Arouca com a minha equipa de trabalho da Touchgroup e passamos dois dias fantásticos onde estreitamos relações e divertimo-nos a valer. No primeiro dia tivemos um exercíco de psicologia de comunicação Forté onde aprendemos como interagir com pessoas diferentes de nós. Fui analisado como um extrovertido e foi engraçado rever-me como se estivesse a analisar outra pessoa e a nível de grupo conseguimos entender a forma de estar de cada um. As relações humanas são ambíguas e é sempre positivo este género de actividades para nos tornar-mos mais tolerantes e compreensivos com as pessoas que nos rodeiam. No dia seguinte fomos acordados às 6h40 da manhã, e nem mesmo a notícia de ir fazer rafting melhorou a minha disposição matinal que tantos já conhecem. Mas no final foi uma experiência diferente e divertida, sobretudo ver pessoas que não têm como hábito este genero de actividades a vibrarem com um pouco de adrenalina. Vem aí o Natal e o ano novo, espero entrar nesta nova fase com o pé direito e continuar a crescer de forma tão positiva como tem sido até agora. Desejo a todos a melhor das felicidades e boas vibrações, que este novo ano vos traga a concretização do que têm projectado na vossa vida. Abraço a todos, go with the flow e riam muito que a vida é curta mas boa de ser vivida.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Faço o que gosto...

Pois é desta vez o meu post vem tarde e a estas horas... São 8h39 da manhã, estou de directa e com sono, mas nada como um capuccino para abrir os olhos. Em tempos noitadas como esta fariam de mim a pessoa mais impossível de aturar e eu seria o primeiro a vitimizar-me deste "mal terrível" que me estava a acontecer. Porém neste momento acho que estou na flor da idade para dar o meu máximo pela minha profissão e realização profissional. Gosto do que faço, alias, adoro o que faço, para mim criar é um privilégio, é uma capacidade à qual eu dou o maior valor. Já lá vão os tempos em que era fácil fazer fortuna, e pensar numa estrutura de vida com continuidade para uma família que criariamos. Hoje os tempos são difíceis e nem estas directas me dão mais dinheiro pelo esforço que faço. Mas sinto-me vivo, orgulhoso do meu trabalho, do meu empenho, da minha capacidade de ultrapassar limites que pensei ter. Um dia serei recompensado? só o tempo o dirá, mas sem dúvida que se não tentar nunca lá chegarei... e eu acredito. Para mim esta fase de trabalho intenso afasta-me de preocupações, problemas emocionais que tento combater no meu dia à dia... A vida tem-me posto à prova e eu tenho tentado estar à altura, estou pronto para mais desafios vindouros. No que é que isto me poderá levar? eu não sei mas também só o vou saber se continuar. Sinto o tempo a passar e tenho medo de objectivos não cumpridos, quero vencer na vida, tenho ambição e procuro cada vez mais qualidade e não quantidade de momentos de êxtase. Mais uma vez o trabalho faz-nos cair numa rotina, e por vezes pondero se será mesmo este o caminho, mas não há formulas de verdade absoluta por isso vou continuar a seguir os meus instintos. Este texto para muitos não quer dizer nada, para mim é simplesmente um libertar de pensamentos em cadeia que me apeteceu partilhar... tenho sono :P

segunda-feira, novembro 27, 2006

Sesimbra, paraiso escondido.





Uma das coisas que gosto no bodyboard é que além de um desporto é toda uma atitude. Desde que acabei a minha relação de 8 anos que me tenho voltado para mim mesmo, falamos num post de "essência" e para mim o contacto com o mar faz parte da minha estrutura. Faço bodyboard há 20 anos e foi o único desporto que ao fim de tanto tempo faço com a mesma vontade. O Bodyboard é a procura da onda perfeita, e pergunto-me se realmente haverá uma onda perfeita, cada vez que achamos uma pode sempre haver uma melhor ou pelo menos diferente. A sensação de anti-rotina é a melhor expressão para o defenir, a expectativa de ter aqueles segundos de sensação em cada onda levados ao rubro. Fora isso o silêncio e paz de espírito que se encontra cada vez que olhamos para o horizonte, o mundo desaparece à nossa volta, desfruta-se de um vazio confortável onde qualquer problema se torna relativo. Além disso é a partilha com os amigos, o encontro em cada spot e a alegria de ver o mar com todo o seu potencial. Só quem vive isto pode saber a sensação, no outro dia na Costa eu e o Gonzalo sentimos isso, e poder partilhar é das sensações mais brutais que se pode sentir. Acho que é exactamente aqui que recai a minha solidão muitas vezes, o facto de partilhar, porque sim tenho experiências e sensações mas às vezes faz falta ver o reflexo dessa nossa alegria decalcada na outra pessoa. Por vezes a minha vida perde meio o sentido, deixo de perceber porque é que trabalho tanto, deixo de saber o que quero atingir e quando, e são estes fins de semana que me reposicionam e me fazem sentir que este é o caminho correcto, suar para atingir cada vez mais melhores e maiores sensações, sejam elas de experiencias, relações, materiais etc... Esta ida a Sesimbra foi realmente um pequeno paraíso achado no meio de um dia tempestuoso e com poucos indícios de ondas. Mais uma vez agradeço à vida estes pequenos mas fundamentais momentos.